quarta-feira, 28 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DOA-SE




ESTE VOVOZINHO SRD DE 12 ANOS ESTÁ PARA DOAÇÃO. SE CHAMA BILL.

Contato: 9666-6505










Doa-se gatinha linda. Chama-se Nina. Tem 6 meses.

Contato: 7214-1110 Meyre ou 2204-9908 Viviane.













DOA-SE GATINHOS SRD.
Contato: Cida SOS AMIGO BICHO UDI 9666-6505












Como bem diz a música de Oswaldo Montenegro,"léo e bia souberam amar..."-abandonados,doentes,com fome e sede (totalmente desnutridos), permaneceram juntos. Encontrados juntos,em tratamento,se fortalecem.agora procuram por alguém que os saiba verdadeiramente amar."Cuidar de amor exige mestria e Léo e Bia..."

Contato: Gabriela Queiroz 34-3214-4221







Esta é Black. Morava em um abrigo e estava muito doente. Foi resgatada por uma protetora, tratada, esterilizada e agora precisa de um lar.É muito brincalhona, adora passear e correr. Você pode dar um lar pra essa linda?
Contato: 034-3217-1723 ou 9666-6505

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Os animais também merecem uma feliz Páscoa

Coelhos comprados por impulso muitas 
vezes são abandonados.



Mar 31, 2010
Uma palavra da
 WSPA
Estamos no período da Páscoa e, como em todos os anos, é muito comum as crianças pedirem coelhinhos como presente nessa época. Infelizmente, cedendo ao capricho dos filhos, muitos pais acabam por comprar esses lindos animais como se estivessem comprando um bichinho de pelúcia: falta-lhes a consciência de que o animal precisa de cuidados especiais.

Para piorar a situação, há comerciantes que se aproveitam do momento e colocam coelhos filhotes e adultos  à venda em vitrines, sem a preocupação com o bem-estar desses animais. Alguns vendedores colorem o pelo com tinta para atrair o público, enquanto outros chegam a vender filhotes ainda bem imaturos, como coelhos anões. Muitos desses  filhotes acabam morrendo após alguns dias por falta de cuidados especiais, manipulação inadequada e falta da mãe. O mais triste é que, passada a empolgação, muitos animais ainda são abandonados em praças públicas ou em portas de veterinários. Em casos mais extremos, viram comida .
Os coelhos são seres vivos, não bichos de pelúcia. Eles vivem em média de 6 a 8 anos, requerem alimentação especial e equilibrada, necessitam de um ambiente apropriado, são extremamente sensíveis a mudanças de temperarura, possuem um esqueleto delicado e devem ser manipulados com cuidado, pois costumam fraturar os ossos mesmo em pequenas quedas ou pisões. É muito comum vermos as pessoas, principalmente crianças, os carregarem pelas orelhas, o que é totalmente contraindicado.

Uma compra desnecessária

Ao comprar um animal por impulso, os pais reduzem esse ser vivo e senciente a uma mercadoria, e deixam de ensinar aos seus filhos sobre responsabilidade e compaixão.
Em hipótese nenhuma devemos comprar um animal por impulso. Temos que levar em conta que eles necessitarão de cuidados especiais durante todo o seu tempo de vida, como:
  • alimentação apropriada à sua espécie
  • instalações adaptadas
  • visitas regulares ao veterinário
  • carinho, tempo, atenção e, sempre que possível, uma companhia  da mesma espécie.
Se você ou sua família não tem condições de prover todas essas condições ao animal, é melhor pensar em comprar para seu filho um coelho de pelúcia e curtir a Páscoa sem causar sofrimento a esses seres tão especiais.

Cães e chocolates

No período da Páscoa, precisamos ficar atentos também aos nossos cães. Quando ganhamos vários ovos de chocolate, é muito comum nossos melhores amigos acompanharem cada abertura de pacote com aquele olhar de “quero só  um pedacinho!”. Mas, infelizmente, o chocolate não é um alimento saudável para os cães: além de ser muito gorduroso e calórico, ele pode acabar intoxicando o animal.
O chocolate possui substâncias chamadas metilxantinas, que têm a capacidade de tornar o produto viciante, sendo as principais a cafeína e a teobromina, além de uma quantidade enorme de gordura e carboidratos. Mas a grande vilã para o organismo do cão é a teobromina. Sua quantidade varia de acordo com a quantidade de gordura do chocolate: quanto mais gordura ele possuir, menor vai ser a quantidade de teobromina. Quanto mais escuro for o chocolate, mais teobromina ele terá, e maior será a possibilidade de ocorrer a intoxicação.
Assim, o chocolate amargo, muito utilizado na culinária, é o que oferece maior risco, já que possui um teor mais elevado de teobromina (em torno de 1.35%). No chocolate branco, esse valor é bem menor (0,005%), não oferecendo tanto risco ao cão. De qualquer maneira, não devemos dar nenhum chocolate, pois dependendo do tamanho do animal, mesmo um pedaço pequeno pode causar problemas. Além disso, essa substância pode demorar até seis dias para ser eliminada do organismo do animal.

Sintomas

Um cão intoxicado pela ingestão de chocolate pode apresentar os seguintes sintomas:
  • aumento da frequência cardíaca
  •  arritmias, aumento da micção (eliminação de urina)
  • aumento da pressão arterial, hiperatividade
  • inquietude
  • insônia
  • tremores
  • convulsões
e até mesmo o coma e a morte, dependendo da quantidade de chocolate que o cão ingeriu. É mais comum ocorrer intoxicação em animais de pequeno porte ou animais jovens, pois há maior quantidade de chocolate disponível em relação ao seu peso corporal.
Se o seu animal “roubou” um ovo de cima da mesa e o comeu inteirinho, fique atento aos sintomas e, diante de qualquer alteração, leve-o ao veterinário de sua confiança. Uma maneira de evitar esse problema é esconder do seu cão os ovos ou comprar ovos de chocolate feitos especialmente para cães: eles não contêm cacau nem as xantinas que fazem mal, e são vendidos nessa época em lojas especializadas.
Boa Páscoa!

Foto artigo Dra. Rosangela 
Ribeiro_219
MV. Rosangela Ribeiro Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil

 Retirado de:

http://www.wspabrasil.org/latestnews/2010/Os-animais-tambem-merecem-uma-felizPascoa.aspx?j=10678185&e=rosetica2007@yahoo.com.br&l=1774004_HTML&u=92885207&mid=80880&jb=0

quarta-feira, 31 de março de 2010

ANIMAIS DESAPARECIDOS EM UBERLÂNDIA

MALÚ

Hoje á tarde (25/03) nossa cachorra SRD que atende pelo nome Malú fugiu aqui no bairro Residencial Camaru, nas proximidades do Sesi e Camaru em Uberlândia-MG. CONTATO: (34)3217-1723 ou 9666-6505







MORENA

Procuro minha cadelinha que sumiu no bairro Santa Mônica em Uberlândia, próximo ao Parque do Sabiá. Atende pelo nome de Morena. Contato: Carol Campos 34-9968-9845.

terça-feira, 23 de março de 2010

BENEFÍCIOS DA CIRUGIA DE CASTRAÇÃO PARA OS ANIMAIS

Sociólogo defende fim da propriedade dos animais


Os direitos dos animais estão sendo cada vez mais discutidos e seus militantes defendem os mais diversos pontos de vista. O sociólogo Roger Yates é um defensor dos animais desde os anos 70 e recentemente se juntou ao abolicionismo, uma das vertentes mais radicais do movimento. O abolicionismo defende o fim de toda propriedade humana sobre os animais e o pacifismo como forma de luta. Ele explicou suas ideias numa entrevista à Galileu:



Foto: Reprodução/ Revista Galileu

Você é um sociólogo. Como a sociologia pode nos ajudar a entender a questão dos animais?

A sociologia nos ajuda a entender como tratamos os animais porque ela olha a sociedade e pensa suas atitudes. Ela olha o modo como as pessoas se adaptam às regras e valores, o modo como somos levados a olhar de modo diferente os humanos e não humanos. Nós ensinamos nossas crianças que é certo usar os animais, mas sem causar sofrimento desnecessário. A sociologia nos ajuda a entender o especismo: por que pensamos que somos mais importantes, por que valorizamos as vidas de formas diferentes.

Então a gente não é mais importante que os animais?

Precisamos ver o quanto racionalizamos nossa importância. Os não humanos querem viver tanto quanto a gente, é um mal matar um animal e há um senso de igualdade quando comparamos nossas vidas. Somos treinados socialmente a resistir a essa ideia e achá-la tola e sentimental.

A resposta então é o abolicionismo?

O abolicionismo está deslanchando, se tornando um movimento substancial nos EUA e na Europa. É uma ideia nova, que existe há uns cinco anos. É diferente dos movimentos dos anos 70, 80 e 90; uma versão radical dos movimentos pelo bem-estar animal e pela libertação dos animais. Por exemplo, defendemos o veganismo, não o vegetarianismo. É um movimento que foi inspirado pelas ideias de Gary Francione.

Quais deveriam ser os direitos dos animais?

Falamos simplesmente de um direito: o direito a não ser uma propriedade. Podemos destrinchá-lo em outros: o direito à integridade, a não sofrer, a ser deixado sozinho sem a interferência humana. Moralmente, devemos lembrar que não podemos ser seus donos. Quando vemos uma árvore, tendemos a pensar que ela é nossa. Isso vem da teologia, porque pensamos que o mundo é nosso, foi dado pra gente por Deus. O que penso é que existem outros seres que têm tanto direito à Terra quanto a gente.

Você disse que é vegan. Por que não um vegetariano?

Nós vemos muito criticamente o consumo de derivados de leite. Há tanto sofrimento numa fazendo de gado leiteiro quanto numa de gado para corte. Um vegetariano que come muitos laticínios está causando mais mal do que alguém que come carne, mas poucos derivados de leite. Acho que isso tem muito a ver com pressão social e amigos. Se você se apresenta como vegetariano, não parece tanto um louco do que quando você é um vegan.

O que você pensa sobre os animais domésticos?

O problema com esses animais é que nós os geramos e selecionamos sua raça. Alguns animais de pedigree não podem fazer sexo, seus olhos caem, têm problemas horríveis de esqueleto por causa de seu formato. Nossa técnica de cruzamento de cães tê causado muitos problemas para eles: cachorros muito pequenos, muito grandes, cachorros que têm problemas de pele. Se você olhar para os animais de pedigree, verá uma situação de pesadelo.

E temos o direito de ser donos desses animais?

Acho que não. Muita gente pensa que nossa relação com os animais é simbiótica e que não há problema, mas a instituição de possuir um animal já é problemática. Eu sei que é uma das questões mais complicadas dos direitos dos animais, porque é um tanto radical. Eu não quero banir nada, quero uma mudança de consciência. É um tanto utópico, os direitos animais são baseados numa mudança cultural.

Devemos fazer o que então? Abandonar nossos cães e gatos?

É obvio que devemos cuidar dos que já existem, mas não deveríamos produzir mais. Você pode dizer que é uma questão de oferta e demanda. Quando a demanda diminuir, a oferta vai diminuir também. Porque a criação de animais virou um negócio, existem muitos criadores por aí.

Mas hoje em dia os cachorros só sobrevivem em convivência com humanos.

É por isso que eles deveriam diminuir aos poucos. É claro que alguns animais até podem existir livremente sem nossa interferência, mas esse não é o caso de poodles e chihuahas. Temos que pensar nesse problema que criamos, e o primeiro passo é mostrar para as pessoas que é um problema.

Qual seria a relação perfeita entre homem e animais?

Precisamos entender que temos responsabilidades com eles, e, obviamente, eles não têm responsabilidades conosco. Devemos respeitá-los como possuidores de direitos. No momento estamos fundando essa nova relação entre humanos e animais, somos pioneiros. Muitas pessoas se frustram com a demora das mudanças sociais. Eu, como sociólogo, entendo que a mudança é geracional. As pessoas têm que estar acostumadas às novas ideias antes de aceitá-las. Meu trabalho é fazer essa fundação, para que os que vierem depois de mim façam seu trabalho.

Porque você foi preso nos anos 80?

Eu era assessor de imprensa da Animal Liberation Front, que se envolveu em uma situação ilegal (parte do grupo passou a sabotar lojas que negociavam peles de animais). Eu não estava envolvido, mas houve um movimento das autoridades de atacar o pessoal da imprensa. Foi uma daquelas situações esquisitas en que aqueles que escreveram sobre situações ilegais pegaram mais tempo de cadeia do que aqueles que as praticaram. É o modo de os agentes lidarem com movimentos mais radicais, tentam silenciá-los. Foi um dos primeiros julgamentos sobre os direitos dos animais.

Você só luta pelos direitos dos animais?

Eu estive envolvido em movimentos tanto pelos direitos dos animais quanto pelos humanos. Sempre me envolvi em movimentos contra o tráfico de humanos e a escravidão moderna, isso é que mais me incomoda. Se as pessoas ainda desrespeitam os direitos dos outros seres humanos, isso explica nossa incapacidade de respeitar os animais.


Fonte: Revista Galileu




Endereço: http://www.wilsonveterinario.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=276:sociologo-defende-fim-da-propriedade-dos-animais&catid=6:noticias&Itemid=10

segunda-feira, 15 de março de 2010

O BONITO E O FEIO

Fernando Bauab Levai

Certa vez, por curiosidade, perguntei a uma amiga não vegetariana:
-Você viu a novidade? Estão servindo cavalos-marinhos naquele restaurante. Já provou?
Ela ficou abismada com o fato de estarem servindo um animal “bonitinho”. Apesar de se tratar de um peixe com um sistema nervoso semelhante ao de muitos outros (como salmões e trutas), a impressão que tive é de que, para ela, o sofrimento do cavalo-marinho é mais acentuado que o dos demais peixes.
Refletindo sobre o assunto, é possível concluir que o ser humano tende a sentir pena dos animais com “melhor aparência”. Assim como os cavalos-marinhos, notei que cães, gatos, golfinhos, cavalos, pandas, focas e grandes felinos são de certa forma privilegiados em relação aos demais.
Já com os animais menos “afortunados”, desprovidos da tal “beleza”, como salmões, camarões, porcos, galinhas, bois, sapos, ratos e lagartos, seu sofrimento e morte são de certa forma bem aceitos pela sociedade.
Vejo protestos que pregam o boicote à China, pois eles se alimentam da carne de cães, enquanto por aqui consumimos a carne de porco, animal com comportamento e sistema nervoso bastante semelhantes ao canino, pois são dóceis, brincalhões e companheiros. Fico imaginando o rebuliço que um abatedouro de cães, para produção e venda de carne canina, causaria aqui no Brasil. Estimo que o abatedouro não duraria uma semana.
Acredito que muitos humanos, apesar de terem atingido a idade adulta, ainda associam o bonito e o feio da mesma maneira que as crianças, deixando de usar a racionalidade e utilizando critérios que lhes foram ensinados nos primeiros anos de vida.
Outro ponto que parece afetar este comportamento é o conjunto de ensinamentos que recebemos quando crianças. Desde a pré-escola, somos induzidos a acreditar que a função de certos animais é apenas a de servir para suprir necessidades humanas, como as alimentícias (carne, leite) e de vestuário (couro, lã). Isso sem contar os meios de comunicação, e a publicidade direcionada para o público infantil, como por exemplo alimentos como o Miojo de frango, no qual aparecem uma famosa personagem de histórias em quadrinhos e uma galinha feliz que anuncia o tempo de preparo de apenas três minutos.
Desta forma, consolida-se o pensamento da maioria, que acredita que a carne é indispensável e que é correto executar os animais que são “criados para isso”. Trata-se de uma opinião oriunda dos ensinamentos mais primordiais da vida de uma pessoa, que são totalmente unilaterais, a favor dos humanos e suas necessidades, que determinam quais animais são para domesticação, quais são selvagens e quais são comida.
Portanto, como primeiro passo pra uma pessoa poder afirmar que “gosta” de animais, é preciso amadurecer o meio de se pensar, pois que sentido há em proteger um cão enquanto se ignora (e até promove indiretamente) o sofrimento de um suíno igualmente sensível?

Fonte: http://www.institutoninarosa.org.br/defesa-animal/artigos/91-geral/252-o-bonito-e-o-feio

sábado, 6 de março de 2010

ANO DE ELEIÇÃO: HORA DE ESCOLHER O QUE QUEREMOS PARA NOSSO PAÍS

Ibama investiga fotos de deputado ao lado de onça-pintada abatida

Imagens são verdadeiras, mas ele não matou o animal, diz gabinete.
Em risco de extinção, espécie tem caça proibida no Brasil.
Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em São Paulo

Foram publicadas na internet fotos do deputado estadual Sandoval Cardoso (PMDB-TO) ao lado de uma onça-pintada abatida. Numa das imagens, ele aparece segurando uma arma junto ao animal.

O gabinete do deputado – assim como ele mesmo já havia feito à imprensa local - confirmou que as fotos são autênticas, mas afirma que o animal, cuja caça é proibida por lei, por se tratar de espécie em risco de extinção, não foi abatida pelo político. 


Foto: Reprodução

O gabinete de Sandoval Cardoso confirmou que o deputado tirou fotos com o animal abatido, mas negou que ele o tivesse matado. (Foto: Reprodução) 

Retirado de:

http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1515822-16052,00-IBAMA+INVESTIGA+FOTOS+DE+DEPUTADO+AO+LADO+DE+ONCAPINTADA+ABATIDA.html

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ferro da carne: desnecessário


Texto: Dr. Eric Slywitch
A importância dada ao ferro da carne é excessiva.
Ferro é ferro, um único mineral. No entanto, esse ferro pode estar “disfarçado” de heme e não-heme. O ferro heme apresenta uma absorção de cerca de 20% e sofre pouca influência dos fatores que dificultam ou promovem a sua absorção.
Já o ferro não-heme apresenta absorção de cerca de 10% e é mais influenciado pelos fatores que estimulam ou inibem a sua absorção. O reino vegetal é composto exclusivamente por ferro não-heme. A diferença desses dois ferros é apenas na sua absorção. Entrando no organismo eles são iguais e têm as mesmas funções.
É aqui que começa a nossa questão: o ferro da carne não é esse “todo poderoso” ferro heme, mais absorvido. Vou explicar.
Uma pessoa precisa absorver diariamente 1 a 2 mg de ferro. Como a absorção do ferro não é simples, a recomendação de ingestão dele é bem maior do que o que precisamos absorver. Homens precisam ingerir cerca de 8 mg de ferro por dia e as mulheres 18 mg.
Pois bem, seguindo a recomendação de consumo de carne preconizada por muitos nutricionistas de 100 gramas de carne magra por dia e, sendo essa carne das mais ricas em ferro, a pessoa estará ingerindo 3 mg de ferro.
É aqui o ponto chave da questão! O ferro da carne é 60% não-heme (igual ao dos vegetais!!) e 40% heme. Portanto, se a questão de comer carne é pelo fato de ingerir o ferro heme, 100 gramas de carne contém 1,2 mg de ferro heme (40% do ferro total), e não 3 mg!
Mas não para por aí! Após o abate do animal, a carne não é consumida imediatamente. Quanto mais tempo ela fica guardada, mais ferro heme se transforma em não-heme. E para piorar a situação, o calor também acentua a transformação do ferro heme em não-heme. Isso significa que quando você come a carne, está consumindo bem menos de 40% de ferro heme, ou seja, bem menos de 1,2 mg de ferro, mas vamos considerar que você ingeriu realmente esses 1,2 mg.
Esse ferro heme é 20% absorvido. Isso significa que, ao ingerir 1,2 mg de ferro, você estará absorvendo 0,24 mg de ferro. Lembre-se de que você precisa absorver de 1 a 2 mg por dia.
Através desses cálculos podemos ver claramente que a ingestão de carne não satisfaz as necessidades diárias de ferro.
Estudos com vegetarianos demonstram claramente que a ingestão de ferro, ao contrário do que muitos pensam, é maior do que a de não-vegetarianos. Esses estudos demonstram que os vegetarianos costumam ingerir cerca de 15 a 20 mg de ferro por dia e, como a sua absorção é de cerca de 10%, absorvemos 1,5 a 2 mg por dia, que é a quantidade necessária.
Para ajudar ainda mais, a vitamina C é um dos maiores promotores da absorção de ferro. Os vegetarianos ingerem o dobro de vitamina C do que os onívoros, o que favorece intensamente a absorção do ferro.
Estudos populacionais demonstraram claramente que a prevalência de anemia ferropriva em vegetarianos é a mesma que a encontrada em onívoros. O artigo científico mais recente que discorre sobre esse fato pode ser encontrado com nome “Bioavailability of iron, zinc, and other trace minerals from vegetarian diets” e pode ser encontrado com a referência: American Journal of Clinical Nutrition. 78(3 Suppl):633S- 639S, 2003 Sep. Assim, não podemos, em hipótese alguma, dizer que o ferro contido na carne é tão importante quanto se alegam por aí.
Fonte: Grupo Bem Alimentado
http://vista-se.com.br/site/ferro-da-carne-desnecessario

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

FAO quer taxa ambiental na pecuária





Noticias - MEIO AMBIENTE - MUNDO
19-Fev-2010

A pecuária deveria ser taxada para reduzir os estragos ao ambiente causados pela produção de carnes. Polêmica, a proposta da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afeta grandes exportadores de carnes como o Brasil e pode ser considerada o "contrapeso" do cenário de crescimento contínuo da demanda internacional sinalizado em amplo estudo divulgado na quinta-feira.

A agência da ONU estima que a produção mundial de carnes dobrará até 2050 para atender a uma demanda que cresce de maneira vertiginosa. E alerta que a elevação constante da produção animal "se traduzirá em enormes pressões sobre a saúde dos ecossistemas, a biodiversidade, os recursos em terras e florestas e na qualidade da água, além de contribuir de maneira significativa para o aquecimento do planeta".

Nesse cenário, a FAO sugere que os governos adotem medidas para reduzir o custo ambiental da expansão da pecuária, e uma dessa medidas poderia ser a imposição de "taxas ou direito de utilização de recursos naturais" pelos pecuaristas, para levá-los a "internalizar os custos dos estragos ambientais causados pela produção animal". Segundo a agência, impor taxações é necessário sobretudo porque "os preços atuais das terras, da água e dos alimentos usados na produção dos rebanhos frequentemente não refletem o verdadeiro valor desses recursos, o que provoca seu excesso de consumo".

A FAO sugere, também, políticas que favoreçam o consumo de carnes suína ou de frango em vez de carne bovina - isso porque são necessárias menos calorias vegetais para produzir uma caloria animal. A FAO, na prática, incorpora uma posição de vários países desenvolvidos nos ultimos tempos, que visa a frear a produção de carne bovina. A instituição igualmente defende que os governos estimulem os pecuaristas a melhorarem a alimentação dos rebanhos para reduzir as emissões de metano. Isso poderia ser feito, por exemplo, com mais aditivos.

Para a FAO, todo o custo "externo" deve ser incorporado nas políticas pecuárias "para levar em conta o custo integral da poluição e outros aspectos ambientais negativos". Com isso, acredita o braço da ONU, os produtores serão impelidos "a fazer escolhas de gestões menos custosas para o meio ambiente e para a sociedade como um todo". Por sua vez, os pecuaristas que protegem o ambiente devem ser indenizados através de "benefício imediato" - como ajuda para melhorar a quantidade e qualidade da água, por exemplo.

A FAO procura mostrar que o custo ambiental é enorme: a pecuária é responsável por 18% das emissões totais de gases de efeito estufa, mais do que o setor de transportes. Na América Latina e no Sudeste da Ásia, os bovinos são responsáveis por 85% das emissões do setor, pelo metano.

Segundo o relatório, a pecuária, que contribui com 40% do valor total da produção agropecuária global e assegura a subsistência de um bilhão de pessoas, é a atividade que mais se utiliza dos recursos do planeta e ocupa 80% da superfície agrícola total. O setor é responsável por 8% do consumo mundial de água.

Outro desafio é a saúde pública, já que 75% das novas doenças que afetaram os serem humanos nos últimos dez anos são causadas por patologias provenientes de animais ou de produtos de origem animal. Além disso, em muitos países em desenvolvimento explorações intensivas situam-se perto de centros urbanos para baratear o transporte.

Se a proposta de taxação avançar junto aos governos, o impacto sobre o Brasil será evidente. O país é o maior exportador mundial de carne bovina, e é brasileira a maior empresa de proteínas do mundo, a JBS.

A própria FAO projeta que a produção do campo brasileiro (grãos e pecuária), que a agência estima já ter crescido 50% desde 2000, poderá ter novo salto de 50% nos próximos dez anos, o que também alimenta a demanda para atenuar questões ambientais e de saúde.

A melhora de renda, sobretudo em países emergentes, o crescimento demográfico e a urbanização são os principais fatores para a crescente demanda global por produtos à base de carnes. E continuarão a sê-lo, ampliando mudanças no consumo, conforme o relatório divulgado. Em 2005, um chinês comia 59,5 quilos de carnes por ano - eram 13,7 em 1980. No mesmo período, o país asiático multiplicou seu consumo de lácteos por dez. Também a demanda brasileira por produtos animais registrou forte incremento: o consumo per capita de carne quase dobrou, e o de leite aumentou 40%.

Globalmente, o consumo de carnes passou para 41,2 quilos por pessoa em 2005, ante 30 quilos em 1980. Apesar de campanhas apontando o consumo de carnes como um fator de obesidade e de doenças cardiovasculares, a FAO diz, por outro lado, que os produtos animais são "excelente fonte de proteína de alta qualidade".

Para atender ao aumento da demanda, a produção global de carnes terá de dobrar até 2050, de 228 milhões de toneladas para 463 milhões. O número de bovinos passará de 1,5 bilhão para 2,6 bilhões, e o de caprinos e ovinos, de 1,7 bilhão para 2,7 bilhões de cabeças.

Em 2007, os países em desenvolvimento superaram as nações desenvolvidas na produção de carnes e ovos e eliminaram seu atraso na produção de leite. O aumento da produção reflete, em grande, parte a alta do consumo. A China e o Brasil têm os crescimentos mais importante, sobretudo para carnes. Entre 1980 e 2007, a China multiplicou sua produção por seis e hoje responde por 50% do total produzido nos países em desenvolvimento e por 31% da produção mundial. O Brasil multiplicou sua produção por quatro e tem mais de 11% da produção de carnes dos países em desenvolvimento e 7% da global.

O relatório da FAO corrobora o domínio do Brasil nas exportações mundiais de carnes. Em dez anos, o país multiplicou as exportações de frango por cinco, as de carne bovina por oito e as de carne suína, por dez. A FAO diz que o país explorou progressivamente os custos mais baixos de grãos para alimentação animal para desenvolver sua pecuária industrial. Terras abundantes e mais infraestrutura em Mato Grosso e no Cerrado reforçam a projeção de que o país continuará avançando.

http://www.porkworld.com.br/default.php?acao=documento&cod=8952

Retirado de:

http://tribunaanimal.org/index.php?/Noticias/MEIO-AMBIENTE-MUNDO/FAO-quer-taxa-ambiental-na-pecuaria.html

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pela criação da 1ª Promotoria de Defesa Animal no país

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Em cada cidade brasileira existe a figura do promotor de justiça, membro do Ministério Público Estadual, a quem compete – dentre outras coisas – defender a sociedade, zelar pelo cumprimento das leis e proteger os chamados interesses difusos, nos quais se inclui a tutela do ambiente e dos animais. Tais funções, com a Constituição de 1988, passaram a ser consideradas essenciais à realização da Justiça. Isso significa que os promotores, integrantes de uma instituição autônoma, independente e fundamental ao regime democrático, devem sempre agir na busca de um mundo mais pacífico e justo para todos, olhando, principalmente, por aqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade.
Para alcançar esses objetivos, o legislador pôs à disposição do Ministério Público mecanismos que permitem o pleno exercício de suas funções institucionais, seja na área criminal, seja no âmbito cível, seja na esfera administrativa. Dentre eles a possibilidade de oferecer denúncia criminal, de requisitar providências policiais, de abrir inquérito civil, de propor ação civil pública, de celebrar termo de ajustamento de conduta, de expedir recomendações etc. Importa dizer que a defesa do ambiente, no qual se incluem os animais silvestres, os domésticos e os domesticados, é atribuição exclusiva da promotoria (artigo 127 da CF). Isso significa que os animais têm direitos e merecem ser protegidos.
O dever de o Ministério Público representar os animais em juízo remonta ao Decreto 24.645/34 (artigo 2º, par. 3º). Já o fundamento jurídico para a defesa dos animais está na Constituição Federal de 1988, onde o legislador incumbiu ao poder público “proteger a fauna e flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade”“praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, (artigo 225 par. 1º, inciso VII), reconhecendo com isto que os animais são seres sensíveis suscetíveis de representação. A conduta de quem tornou-se crime previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98. Apesar desses avanços legislativos, os animais continuam discriminados pela indiferença humana, pelo estigma da insignificância jurídica e pela vala comum destinada às condutas de menor potencial ofensivo.
Surgem, então, perguntas que não querem calar: por que o Brasil ainda compactua com tantas situações de crueldades para com animais, como agressões, confinamentos, exploração etc.? Por que se mostra tão difícil coibir a ação de pessoas que maltratam, torturam e matam animais? Seria possível defender os animais enquanto seres sensíveis, individualmente considerados, mesmo que eles não tenham relevância ecológica? Respostas a essas questões, que tanto angustiam as pessoas de bem, estão relacionadas ao paradigma sócio-cultural em que vivemos. Conscientemente ou não, nós decretamos a miséria dos animais. As escolhas que fazemos têm sempre um viés de dominação, como se as outras espécies – tidas, preconceituosamente, como criaturas inferiores -, estivessem no mundo apenas para nos servir. Os índices de crueldade aos animais, que nem sempre chegam ao conhecimento do promotor, são alarmantes. Isso precisa mudar.
A melhor solução para o drama dos animais pode partir do próprio Ministério Público, pela criação de uma inédita promotoria especializada de defesa animal. Afinal, os animais não são coisas ou objetos, mas criaturas capazes de sentir e de sofrer, que merecem a devida atenção da instituição legalmente incumbida de defendê-los. Se na capital paulista, por exemplo, há promotorias especializadas em meio ambiente, cidadania, infância e juventude, idosos, consumidor, falência, sonegação fiscal, direitos humanos, todas elas de grande repercussão social, de rigor que se instale também uma promotoria de defesa animal, exclusiva para tratar dos interesses daqueles que tanto precisam de amparo e que, na prática, têm sido ignorados em seus anseios mais legítimos.
A relevância de uma promotoria especializada na tutela animal, afora seus aspectos sociais e humanitários, vem das estatísticas reveladoras de autênticos genocídios de animais, a maioria impune. Em São Paulo, por exemplo, calcula-se que haja um cão para cada sete pessoas e um gato para cada dezesseis habitantes. Milhares de cães vivem em estado de abandono, sob condições hostis, sujeitos a fome, sede, frio, agressões, doenças, reprodução incontrolada e atropelamentos. Quanto aos gatos, no meio urbano eles têm sido vítimas constantes de envenenamentos e mutilações. Isso sem falar nos cavalos covardemente açoitados para puxar carroças, nos pássaros confinados em gaiolas ou nas incontáveis vítimas do sistema de criação industrial. A lista das perversidades parece não ter fim. Não há como o promotor de justiça, a quem incumbe a tutela dos animais, permanecer alheio a essa dura realidade.
Os animais merecem ser tratados com dignidade, em razão de seu valor inerente, pouco importando sua relevância ambiental ou a eventual serventia que nos possam propiciar. Sua proteção deve permanecer afeita a uma promotoria especializada, dotada de estrutura material e humana suficiente para fazer valer o princípio da precaução, para processar malfeitores, para reverter os desmandos do poder público nesse setor, para enfrentar os poderosos interesses econômicos que ditam as regras da exploração animal e, enfim, para questionar o sistema cultural que transforma seres vivos em objetos descartáveis ou perpétuos escravos. Vê-se que trabalho não faltará a quem estiver à frente de uma promotoria com tantos projetos e desafios.
Daí a necessidade de o Ministério Público propor a criação, por lei, da Promotoria de Defesa dos Animais. Em nenhum país do mundo um órgão estatal possui à disposição tantos instrumentos administrativos e processuais hábeis a impedir situações de crueldade a animais. Ou, então, que seja capaz de atuar, concomitantemente, nos campos jurídico e pedagógico, em busca de um paradigma mais generoso, que reconheça a singularidade de todos os seres vivos e o seu direito ao bem-viver. Há de se lembrar, a propósito, que o tema dos direitos animais foi redação no vestibular da Unicamp 2009, suscitando reflexão em milhares de jovens estudantes. Também foi tema de questão no exame da Ordem dos Advogados do Brasil de janeiro de 2009. Por isso é que se propõe aqui, de modo pioneiro, o surgimento de uma Promotoria de Defesa Animal. Que essa iniciativa, tão urgente quanto necessária, dignifique ainda mais o Ministério Público, instituição historicamente voltada ao ideal ético e cujos membros detêm, com orgulho, a nobre missão de promover a justiça.

Retirado de:

http://www.sentiens.net/promotoria-de-defesa-animal/justificativa

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Medicina da UFRGS ensina sem usar animais.





Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.


Por Ulisses A. Nenê

O caozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrgs) .


Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação) , depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).


Não estamos falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.


Aprovação dos alunos


Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.


As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.


Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora- geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.


“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.


Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.


Modelos artificiais


A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina.  (clique aqui para ver fotos)


O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades” , relata.


O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente) , com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.


Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.


O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.


“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.


O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.

Objeção de consciência
O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.


Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.


Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas  também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.

Newsletter do Instituto Nina Rosa
15/02/2010

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Belo Monte: Pandora é aqui? Por Marina Silva*






O Ibama concedeu a licença prévia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Trata-se de um projeto muito polêmico, localizado no rio Xingu, no Pará, próximo ao município de Altamira, numa região conhecida como Volta Grande do Xingu. O nome deve-se ao desenho do rio que, visto de cima, assemelha-se a uma “ferradura”.

Por meio de barragens, as águas do rio serão desviadas para um canal que unirá as pontas mais próximas dessa “ferradura”. Ao final desse canal, as águas passarão pelas turbinas antes de retornarem ao seu curso normal.

Como tudo na Amazônia, os números que envolvem a obra são gigantescos. A quantidade de terra e pedra que será retirada na escavação do canal – cerca de 210 milhões de m³ - é um pouco menor da que foi removida na construção do Canal do Panamá. E ainda nem se definiu qual a destinação desse material. Pelo leito do rio Xingu passa uma vazão de 23.000 m³/s de água no período de cheia. Um volume correspondente a quatro vezes a vazão, também nos períodos de cheia, das Cataratas do Iguaçu.

Os impactos socioambientais também terão essa mesma ordem de grandeza. E ainda não foram concluídos. Só sobre a fauna, segundo dados coletados durante o Estudo de Impacto Ambiental, podemos ter uma idéia. Na área existem 440 espécies de aves (algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul), 259 espécies de mamíferos (40 de porte médio ou grande), 174 de répteis e 387 de peixes.

Apenas a eficiência energética da usina não será tão grande. Uma obra colossal que custará certamente mais de R$ 30 bilhões - se somados todos os gastos, como o custo e a extensão da linha de transmissão, por exemplo - terá uma capacidade instalada de gerar, em média, 4.428 MW, em razão do que poderá ser suportado pelo regime hídrico do rio, nesta configuração do projeto. E não os 11.223 MW que estão sendo equivocadamente anunciados.

A energia média efetiva entregue ao sistema de distribuição será de 39% da capacidade máxima de geração, enquanto a recomendação técnica indica que essa eficiência seja de pelo menos 55%.

Para que Belo Monte possa apresentar um grau de eficiência energética compatível com as recomendações técnicas, seria necessária a construção de outras três hidrelétricas na bacia do rio Xingu, que teriam a função de regularizar a vazão do rio. Por ora, a construção dessas usinas foi descartada pelo governo porque estão projetadas para o coração da bacia, onde 40% das terras pertencem aos indígenas.

No entanto, a insistência em manter o projeto nessa dimensão (apesar de haver alternativa de barragem com quase metade da capacidade instalada e perda de pouco mais de 15% na potência média gerada) provoca forte desconfiança, tanto dos analistas como das comunidades e dos movimentos sociais envolvidos, de que a desistência de construir as outras três hidrelétricas seja apenas temporária.

A população indígena - são mais de 28 etnias naquela região - ficará prensada entre as cabeceiras dos rios que formam a bacia, hoje em processo acelerado de exploração econômica e com alto nível de desmatamento acumulado. E a barragem, além de interromper o fluxo migratório de várias espécies, vai alterar as características de vazão do rio.

É incrível que um empreendimento com esse nível de interferência em ambientes sensíveis seja idealizado sem um planejamento adequado quanto ao uso e à ocupação do território. A solução de problemas dessa dimensão não pode ser delegada exclusivamente a uma empresa com interesse específico na exploração do potencial hidrelétrico, com todas as limitações conhecidas do processo de licenciamento.

Com a obra, são esperadas mais de 100 mil pessoas na região. Não há como dar conta do adensamento populacional que será provocado no meio da floresta amazônica, sem um planejamento para essa ocupação e um melhor ordenamento do território. Isso só pode ser alcançado através da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável na região de abrangência da obra.

Essa foi uma grande omissão nesse processo, mas não a única. Não temos como deixar de indagar se não há outros aproveitamentos hidrelétricos que seriam mais recomendados, sob o ponto de vista dos impactos ambientais ou da eficiência energética.

No entanto, não há projetos com estudo de viabilidade técnica e econômica prontos para serem submetidos ao licenciamento ambiental. Apesar de o diagnóstico ser conhecido desde 2003, apenas em meados do ano passado foram finalizadas as primeiras revisões de inventário de bacia hidrográfica, como a do Tapajós.

Com isso, projetos polêmicos e com grandes impactos têm que ser analisados em prazos muitas vezes incompatíveis com o grau de rigor que deveriam ter, numa clara demonstração de como, muitas vezes, os ativos ambientais são afetados pela falta de planejamento de outros setores de governo.

Porém, nada foi mais afetado do que nosso compromisso ético frente à responsabilidade com o futuro de povos e culturas. Não foram sequer feitos estudos sobre os impactos que os povos indígenas terão. Só para exemplificar, o que significará para eles ter a vazão reduzida significativamente num trecho de 100km em função do desvio das águas para o canal? O plano de condicionantes tampouco menciona a regularização de duas Terras Indígenas (Parakanã e Arara), já bastante ameaçadas.

Estas e outras comunidades indígenas manifestam inconformidade por não terem sido ouvidas adequadamente, segundo os preceitos da Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, mas nunca implementada para valer.

O Brasil possui um importante potencial de geração de energia hidrelétrica a ser desenvolvido. Mas as dificuldades em retomar o planejamento do setor na velocidade que possibilite escolhas e uma análise segura por parte do setor ambiental, somada à indisposição em discutir uma proposta de desenvolvimento sustentável para as obras de infraestrutura localizadas na Amazônia, à percepção de que o governo não faz o suficiente para melhorar a eficiência energética do sistema (não só na geração) e para desenvolver as energias alternativas, acaba por produzir conflitos agudos e processos equivocados, que poderiam ser evitados.

Apesar dos discursos em contrário, ainda estamos operando no padrão antigo, que considera o meio ambiente como entrave ao desenvolvimento. Temos ainda um longo dever de casa a ser feito para ingressarmos definitivamente no século 21. Quem pensa que a história relatada no filme Avatar só pode ocorrer em outro planeta, engana-se: Pandora também pode ser aqui.

* Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

DIREITO DE VIVER, por Francisco Lemos

Este é um texto para reflexão:




Matar nunca fez parte do projeto original de Deus para o nosso planeta



“Tudo o que vive quer viver.” Essa frase, atribuída a Francisco Assis, jovem italiano que deixou sua marca no mundo como alguém que respeitava a vida, soa como um manifesto de criaturas mudas. Outra frase mais antiga, atribuída a Deus, o criador da vida, é mais conclusiva ainda, menos aberta e menos concessória: “Não matarás” (Êxodo 20:13). “Não matarás” faz parte do decálogo entregue originalmente aos judeus através de Moisés, e a todas as pessoas através de Jesus Cristo. Esse mandamento é muito abrangente e vai além do ato de tirar a vida de um ser humano.

Não matar... o próximo. O cúmulo da arrogância que o mal lançou no coração do ser humano é o pretenso direito de tirar a vida de outro ser humano. O holocausto judeu “justificou-se” na mente louca de Hitler e seus colaboradores com a pretensão de criar uma raça superior. Mata-se por amor, mata-se para defender a pátria, por autodefesa, mata-se pela manutenção da honra. Mas também mata-se para roubar, vingar.

Não matar... a você mesmo. E de quantas maneiras isso é possível? A maioria jamais pensaria em fazer isso pulando do alto de um prédio ou se enforcando. Mas há outras maneiras bem mais sociáveis: fumando cigarros, tomando bebidas alcoólicas, usando drogas, trabalhando demais, dormindo pouco, comendo demais ou de menos.

Cuidar do corpo é zelar do maior patrimônio que temos. Fazemos isso praticando exercícios físicos e selecionando o alimento que ingerimos. É verdade que há um bom número de brasileiros que não tem o mínimo para comer, e muito menos poderiam selecionar algo. Bom seria se os pais, professores e a mídia se preocupassem em ensinar bons modos alimentares e estimulassem a produção, unicamente, de artigos saudáveis. Os gastos com a saúde seriam bem menores, e mesmo os que têm menor renda poderiam usufruir de melhores alimentos e de comportamentos mais saudáveis.

Não matar... os animais. Se matamos gente, pessoas, que dizer dos animais? Por incrível que possa parecer, matar bicho é uma boa escola para matar gente. Começamos matando galinhas, peixes, porcos e vacas para comer e depois, que diferença haveria em fazer isso com pessoas? Não estou afirmando que quem mata galinha mata gente. Minha avó matava galinhas e nunca matou ninguém, quanto eu sabia. Entretanto, sabe-se que lidar com essa situação e consumir alimentos cárneos exageradamente pode embrutecer as pessoas.

“Razões” para matar bichos, temos e muitas: porque precisamos comer, por que são perigosos, por que envelhecem, porque adoecem. Os animais não falam e não possuem raciocínio elaborado como o nosso. Talvez. Mas ao ser empurrado para o corredor da morte de um moderno frigorífico, na verdade, para o matadouro, nenhum boi ou porco entra ali de boa vontade. O animal empaca, se espreme contra a parede, derrama lágrimas, e só avança quando forçado por um bastão pontiagudo. Ele vive e quer viver, mas quem se importa com isso?

As galinhas são criadas em cativeiros super lotados e superiluminados para que não durmam e comam sem parar. Em vida têm os bicos cortados. Na hora da morte, recebem um choque elétrico e perdem o pescoço por degola. Os gansos, coitados, recebem tratamento medieval para fornecer a seres humanos egoístas o caríssimo patê foie gras. Os criadores enfiam um funil na garganta do bicho e o entopem de comida durante meses, forçando o fígado da ave a trabalhar excessivamente. Por isso, ele inflama, incha e fica cheio de gordura. Quer dizer: além de ser uma doença, o caríssimo foie gras é produto de maldade pura. Gansos, patos, perus e galinhas querem viver, mas quem se importa com isso?

A morte não tinha lugar no projeto de Deus ao criar os primeiros seres humanos sobre a Terra e estabelecê-los no tão famoso jardim do Éden. Naquele lugar, a vida dava o tom. Ninguém matava nada, por motivo nenhum. Nem por fome, nem por vingança, nem por ódio, nem por defesa. O cardápio era composto por vegetais e o amor intermediava todas as ações.

Neste mundo pós-Éden, nossos carros matam cachorrinhos nas estradas, nossa fome sacrifica e devora milhões de seres que nunca pulariam de um viaduto para se matar. Nosso direito ao lazer enfia anzóis goela abaixo de peixes magníficos. Se um dia pensarmos nas razões dos animais...


Francisco Lemos é editor de Vida e Saúde
Fonte: Revista Vida e Saúde, edição de setembro 2005
Retirado de: http://www.institutoninarosa.org.br/defesa-animal/artigos/91-geral/254-direito-de-viver-por-francisco-lemos

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

2009


Ano novo, vida nova. É. Começo 2010 saindo de um curso sem concluí-lo, mas tudo bem.

Do ano que passou trago um saldo positivo: cinco animais resgatados, sete esterilizações, 64 vacinações, 12 caixas de vermífugo para cachorro, mais 50 para gatos. E veja que estou contando aproximadamente.

Parece a contabilidade de um abrigo. Mas estou falando de minha casa. Da casa da Pérola e seus irmãozinhos. Sim. São 35 animais entre cães e gatos que foram resgatados, cuidados, esterilizados e têm que aprender a conviver juntos em uma mesma casa. E somos apenas dois para sustentar, manter a higiene e a saúde física e afetiva destes animais. É um trabalho árduo e à vezes stressante. Mas compensa muito pelo retorno em carinho. Além disso, fica um gostinho de ter feito a diferença. Pense bem. São 35 animais que não passarão mais fome, não morrerão doentes sem assistência, não causarão acidentes nas ruas, não serão transmissores de zoonoses.

Não contribuirão para a procriação desenfreada de animais domésticos pela cidade. Por exemplo: Se cada cadela pode gerar até 10 filhotes por ninhada e pode ter duas ninhadas por ano. Nós impedimos o nascimento de 60 cãezinhos sem lar em apenas um ano. Agora, as gatas. Temos 21 gatas. Cada gata pode parir até cinco filhotes. São aproximadamente quatro crias por ano. São 420 gatinhos que impedimos de nascer para morrerem à míngua pelas ruas da cidade. Pensando bem, é uma ação de utilidade pública este nosso trabalho com os animais carentes.

Porém, chegamos ao limite: São 63 Kg de ração para gato por mês, quatro fardos de areia sanitária, três pacotes de fralda P de 36 unidades, 15 Kg de ração para cachorro. Além de vermífugo para todos a cada três meses, 35 reforços da anti-rábica, três V 10 para cachorro anuais, nove doses da quádrupla felina para os filhotes, 29 reforços da quádrupla felina. Além de medicação quando adoecem. Sim, mesmo com todos estes cuidados eles ainda adoecem.Esqueci-me das cadelas. Pelo menos uma vez por mês as cadelas tomam banho na Pet Shop. Tem o gasto com material de curativo. Com material de limpeza. Quando a caixas sanitárias quebram temos que repô-las. Ainda tem os cobertores e demais panos que as cachorras fazem em tiras, mas que não podemos deixá-las sem.São cuidados e mais cuidados. E como o mercado pet não é barato e não existe SUS para cachorro ou gato, dependemos do bom coração de veterinários amigos e de donos de pet shops e casas de ração que dão um prazinho aqui, fazem um desconto ali, dividem em prestações a perder de vista. Temos também a ajuda financeira de um anjo de professora que nos dá todo mês a quantia para comprarmos um saco de ração de 10 Kg. Temos nossas amigas protetoras que nos dão carona quando precisamos de um transporte, racham o que ganham em medicamento conosco. Até Jantar de Natal Vegano nós já tivemos quando não tínhamos um tostão para comprar comida. Tudo por obra destes corações amigos.

Sim, este é o nosso dia-a-dia. Levantar, alimentar, limpar banheiros, medicar, fazer um curativo aqui, pingar um colírio ali, engolir a comida e corre para o trabalho, á noite começar tudo de novo. Azucrinar insistentemente os veterinários porque o fulano parou de comer ou o beltrano não está fazendo xixi. Separar brigas. Brincar muito com bolinhas, puxar cordinhas e novelos para os bichanos brincarem, ser arrastados pelas ruas pelas cachorras... Ufa. Já cansei só de escrever.

Sim. 2009 é um ano para comemorar. Pois conseguimos driblar várias adversidades e estamos aqui. Prontos para construir o 2010 que quisermos. Mesmo sem faculdade será um ano de nossos sonhos!