quarta-feira, 28 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
DOA-SE
ESTE VOVOZINHO SRD DE 12 ANOS ESTÁ PARA DOAÇÃO. SE CHAMA BILL.
Contato: 9666-6505
Doa-se gatinha linda. Chama-se Nina. Tem 6 meses.
Contato: 7214-1110 Meyre ou 2204-9908 Viviane.
DOA-SE GATINHOS SRD.
Contato: Cida SOS AMIGO BICHO UDI 9666-6505
Como bem diz a música de Oswaldo Montenegro,"léo e bia souberam amar..."-abandonados,doentes,com fome e sede (totalmente desnutridos), permaneceram juntos. Encontrados juntos,em tratamento,se fortalecem.agora procuram por alguém que os saiba verdadeiramente amar."Cuidar de amor exige mestria e Léo e Bia..."
Contato: Gabriela Queiroz 34-3214-4221
Esta é Black. Morava em um abrigo e estava muito doente. Foi resgatada por uma protetora, tratada, esterilizada e agora precisa de um lar.É muito brincalhona, adora passear e correr. Você pode dar um lar pra essa linda?
Contato: 034-3217-1723 ou 9666-6505
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Os animais também merecem uma feliz Páscoa

© WSPA

Uma compra desnecessária
Em hipótese nenhuma devemos comprar um animal por impulso. Temos que levar em conta que eles necessitarão de cuidados especiais durante todo o seu tempo de vida, como:
- alimentação apropriada à sua espécie
- instalações adaptadas
- visitas regulares ao veterinário
- carinho, tempo, atenção e, sempre que possível, uma companhia da mesma espécie.
Cães e chocolates
Sintomas
- aumento da frequência cardíaca
- arritmias, aumento da micção (eliminação de urina)
- aumento da pressão arterial, hiperatividade
- inquietude
- insônia
- tremores
- convulsões

MV. Rosangela Ribeiro Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil
Retirado de:
http://www.wspabrasil.org/latestnews/2010/Os-animais-tambem-merecem-uma-felizPascoa.aspx?j=10678185&e=rosetica2007@yahoo.com.br&l=1774004_HTML&u=92885207&mid=80880&jb=0
quarta-feira, 31 de março de 2010
ANIMAIS DESAPARECIDOS EM UBERLÂNDIA
Hoje á tarde (25/03) nossa cachorra SRD que atende pelo nome Malú fugiu aqui no bairro Residencial Camaru, nas proximidades do Sesi e Camaru em Uberlândia-MG. CONTATO: (34)3217-1723 ou 9666-6505
MORENA
Procuro minha cadelinha que sumiu no bairro Santa Mônica em Uberlândia, próximo ao Parque do Sabiá. Atende pelo nome de Morena. Contato: Carol Campos 34-9968-9845.
terça-feira, 23 de março de 2010
Sociólogo defende fim da propriedade dos animais
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segunda-feira, 15 de março de 2010
O BONITO E O FEIO
Fonte: http://www.institutoninarosa.org.br/defesa-animal/artigos/91-geral/252-o-bonito-e-o-feio
sábado, 6 de março de 2010
ANO DE ELEIÇÃO: HORA DE ESCOLHER O QUE QUEREMOS PARA NOSSO PAÍS
Ibama investiga fotos de deputado ao lado de onça-pintada abatida
Em risco de extinção, espécie tem caça proibida no Brasil.
O gabinete do deputado – assim como ele mesmo já havia feito à imprensa local - confirmou que as fotos são autênticas, mas afirma que o animal, cuja caça é proibida por lei, por se tratar de espécie em risco de extinção, não foi abatida pelo político.

O gabinete de Sandoval Cardoso confirmou que o deputado tirou fotos com o animal abatido, mas negou que ele o tivesse matado. (Foto: Reprodução)
Retirado de:http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1515822-16052,00-IBAMA+INVESTIGA+FOTOS+DE+DEPUTADO+AO+LADO+DE+ONCAPINTADA+ABATIDA.html
quarta-feira, 3 de março de 2010
Ferro da carne: desnecessário
Uma pessoa precisa absorver diariamente 1 a 2 mg de ferro. Como a absorção do ferro não é simples, a recomendação de ingestão dele é bem maior do que o que precisamos absorver. Homens precisam ingerir cerca de 8 mg de ferro por dia e as mulheres 18 mg.
Pois bem, seguindo a recomendação de consumo de carne preconizada por muitos nutricionistas de 100 gramas de carne magra por dia e, sendo essa carne das mais ricas em ferro, a pessoa estará ingerindo 3 mg de ferro.
Mas não para por aí! Após o abate do animal, a carne não é consumida imediatamente. Quanto mais tempo ela fica guardada, mais ferro heme se transforma em não-heme. E para piorar a situação, o calor também acentua a transformação do ferro heme em não-heme. Isso significa que quando você come a carne, está consumindo bem menos de 40% de ferro heme, ou seja, bem menos de 1,2 mg de ferro, mas vamos considerar que você ingeriu realmente esses 1,2 mg.
Estudos com vegetarianos demonstram claramente que a ingestão de ferro, ao contrário do que muitos pensam, é maior do que a de não-vegetarianos. Esses estudos demonstram que os vegetarianos costumam ingerir cerca de 15 a 20 mg de ferro por dia e, como a sua absorção é de cerca de 10%, absorvemos 1,5 a 2 mg por dia, que é a quantidade necessária.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
FAO quer taxa ambiental na pecuária
Noticias - MEIO AMBIENTE - MUNDO | |
19-Fev-2010 | |
A pecuária deveria ser taxada para reduzir os estragos ao ambiente causados pela produção de carnes. Polêmica, a proposta da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afeta grandes exportadores de carnes como o Brasil e pode ser considerada o "contrapeso" do cenário de crescimento contínuo da demanda internacional sinalizado em amplo estudo divulgado na quinta-feira. A agência da ONU estima que a produção mundial de carnes dobrará até 2050 para atender a uma demanda que cresce de maneira vertiginosa. E alerta que a elevação constante da produção animal "se traduzirá em enormes pressões sobre a saúde dos ecossistemas, a biodiversidade, os recursos em terras e florestas e na qualidade da água, além de contribuir de maneira significativa para o aquecimento do planeta". Nesse cenário, a FAO sugere que os governos adotem medidas para reduzir o custo ambiental da expansão da pecuária, e uma dessa medidas poderia ser a imposição de "taxas ou direito de utilização de recursos naturais" pelos pecuaristas, para levá-los a "internalizar os custos dos estragos ambientais causados pela produção animal". Segundo a agência, impor taxações é necessário sobretudo porque "os preços atuais das terras, da água e dos alimentos usados na produção dos rebanhos frequentemente não refletem o verdadeiro valor desses recursos, o que provoca seu excesso de consumo". A FAO sugere, também, políticas que favoreçam o consumo de carnes suína ou de frango em vez de carne bovina - isso porque são necessárias menos calorias vegetais para produzir uma caloria animal. A FAO, na prática, incorpora uma posição de vários países desenvolvidos nos ultimos tempos, que visa a frear a produção de carne bovina. A instituição igualmente defende que os governos estimulem os pecuaristas a melhorarem a alimentação dos rebanhos para reduzir as emissões de metano. Isso poderia ser feito, por exemplo, com mais aditivos. Para a FAO, todo o custo "externo" deve ser incorporado nas políticas pecuárias "para levar em conta o custo integral da poluição e outros aspectos ambientais negativos". Com isso, acredita o braço da ONU, os produtores serão impelidos "a fazer escolhas de gestões menos custosas para o meio ambiente e para a sociedade como um todo". Por sua vez, os pecuaristas que protegem o ambiente devem ser indenizados através de "benefício imediato" - como ajuda para melhorar a quantidade e qualidade da água, por exemplo. A FAO procura mostrar que o custo ambiental é enorme: a pecuária é responsável por 18% das emissões totais de gases de efeito estufa, mais do que o setor de transportes. Na América Latina e no Sudeste da Ásia, os bovinos são responsáveis por 85% das emissões do setor, pelo metano. Segundo o relatório, a pecuária, que contribui com 40% do valor total da produção agropecuária global e assegura a subsistência de um bilhão de pessoas, é a atividade que mais se utiliza dos recursos do planeta e ocupa 80% da superfície agrícola total. O setor é responsável por 8% do consumo mundial de água. Outro desafio é a saúde pública, já que 75% das novas doenças que afetaram os serem humanos nos últimos dez anos são causadas por patologias provenientes de animais ou de produtos de origem animal. Além disso, em muitos países em desenvolvimento explorações intensivas situam-se perto de centros urbanos para baratear o transporte. Se a proposta de taxação avançar junto aos governos, o impacto sobre o Brasil será evidente. O país é o maior exportador mundial de carne bovina, e é brasileira a maior empresa de proteínas do mundo, a JBS. A própria FAO projeta que a produção do campo brasileiro (grãos e pecuária), que a agência estima já ter crescido 50% desde 2000, poderá ter novo salto de 50% nos próximos dez anos, o que também alimenta a demanda para atenuar questões ambientais e de saúde. A melhora de renda, sobretudo em países emergentes, o crescimento demográfico e a urbanização são os principais fatores para a crescente demanda global por produtos à base de carnes. E continuarão a sê-lo, ampliando mudanças no consumo, conforme o relatório divulgado. Em 2005, um chinês comia 59,5 quilos de carnes por ano - eram 13,7 em 1980. No mesmo período, o país asiático multiplicou seu consumo de lácteos por dez. Também a demanda brasileira por produtos animais registrou forte incremento: o consumo per capita de carne quase dobrou, e o de leite aumentou 40%. Globalmente, o consumo de carnes passou para 41,2 quilos por pessoa em 2005, ante 30 quilos em 1980. Apesar de campanhas apontando o consumo de carnes como um fator de obesidade e de doenças cardiovasculares, a FAO diz, por outro lado, que os produtos animais são "excelente fonte de proteína de alta qualidade". Para atender ao aumento da demanda, a produção global de carnes terá de dobrar até 2050, de 228 milhões de toneladas para 463 milhões. O número de bovinos passará de 1,5 bilhão para 2,6 bilhões, e o de caprinos e ovinos, de 1,7 bilhão para 2,7 bilhões de cabeças. Em 2007, os países em desenvolvimento superaram as nações desenvolvidas na produção de carnes e ovos e eliminaram seu atraso na produção de leite. O aumento da produção reflete, em grande, parte a alta do consumo. A China e o Brasil têm os crescimentos mais importante, sobretudo para carnes. Entre 1980 e 2007, a China multiplicou sua produção por seis e hoje responde por 50% do total produzido nos países em desenvolvimento e por 31% da produção mundial. O Brasil multiplicou sua produção por quatro e tem mais de 11% da produção de carnes dos países em desenvolvimento e 7% da global. O relatório da FAO corrobora o domínio do Brasil nas exportações mundiais de carnes. Em dez anos, o país multiplicou as exportações de frango por cinco, as de carne bovina por oito e as de carne suína, por dez. A FAO diz que o país explorou progressivamente os custos mais baixos de grãos para alimentação animal para desenvolver sua pecuária industrial. Terras abundantes e mais infraestrutura em Mato Grosso e no Cerrado reforçam a projeção de que o país continuará avançando. http://www.porkworld.com.br/default.php?acao=documento&cod=8952 |
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Pela criação da 1ª Promotoria de Defesa Animal no país

http://www.sentiens.net/promotoria-de-defesa-animal/justificativa
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Medicina da UFRGS ensina sem usar animais.
Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Belo Monte: Pandora é aqui? Por Marina Silva*

Por meio de barragens, as águas do rio serão desviadas para um canal que unirá as pontas mais próximas dessa “ferradura”. Ao final desse canal, as águas passarão pelas turbinas antes de retornarem ao seu curso normal.
Como tudo na Amazônia, os números que envolvem a obra são gigantescos. A quantidade de terra e pedra que será retirada na escavação do canal – cerca de 210 milhões de m³ - é um pouco menor da que foi removida na construção do Canal do Panamá. E ainda nem se definiu qual a destinação desse material. Pelo leito do rio Xingu passa uma vazão de 23.000 m³/s de água no período de cheia. Um volume correspondente a quatro vezes a vazão, também nos períodos de cheia, das Cataratas do Iguaçu.
Os impactos socioambientais também terão essa mesma ordem de grandeza. E ainda não foram concluídos. Só sobre a fauna, segundo dados coletados durante o Estudo de Impacto Ambiental, podemos ter uma idéia. Na área existem 440 espécies de aves (algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul), 259 espécies de mamíferos (40 de porte médio ou grande), 174 de répteis e 387 de peixes.
Apenas a eficiência energética da usina não será tão grande. Uma obra colossal que custará certamente mais de R$ 30 bilhões - se somados todos os gastos, como o custo e a extensão da linha de transmissão, por exemplo - terá uma capacidade instalada de gerar, em média, 4.428 MW, em razão do que poderá ser suportado pelo regime hídrico do rio, nesta configuração do projeto. E não os 11.223 MW que estão sendo equivocadamente anunciados.
A energia média efetiva entregue ao sistema de distribuição será de 39% da capacidade máxima de geração, enquanto a recomendação técnica indica que essa eficiência seja de pelo menos 55%.
Para que Belo Monte possa apresentar um grau de eficiência energética compatível com as recomendações técnicas, seria necessária a construção de outras três hidrelétricas na bacia do rio Xingu, que teriam a função de regularizar a vazão do rio. Por ora, a construção dessas usinas foi descartada pelo governo porque estão projetadas para o coração da bacia, onde 40% das terras pertencem aos indígenas.
No entanto, a insistência em manter o projeto nessa dimensão (apesar de haver alternativa de barragem com quase metade da capacidade instalada e perda de pouco mais de 15% na potência média gerada) provoca forte desconfiança, tanto dos analistas como das comunidades e dos movimentos sociais envolvidos, de que a desistência de construir as outras três hidrelétricas seja apenas temporária.
A população indígena - são mais de 28 etnias naquela região - ficará prensada entre as cabeceiras dos rios que formam a bacia, hoje em processo acelerado de exploração econômica e com alto nível de desmatamento acumulado. E a barragem, além de interromper o fluxo migratório de várias espécies, vai alterar as características de vazão do rio.
É incrível que um empreendimento com esse nível de interferência em ambientes sensíveis seja idealizado sem um planejamento adequado quanto ao uso e à ocupação do território. A solução de problemas dessa dimensão não pode ser delegada exclusivamente a uma empresa com interesse específico na exploração do potencial hidrelétrico, com todas as limitações conhecidas do processo de licenciamento.
Com a obra, são esperadas mais de 100 mil pessoas na região. Não há como dar conta do adensamento populacional que será provocado no meio da floresta amazônica, sem um planejamento para essa ocupação e um melhor ordenamento do território. Isso só pode ser alcançado através da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável na região de abrangência da obra.
Essa foi uma grande omissão nesse processo, mas não a única. Não temos como deixar de indagar se não há outros aproveitamentos hidrelétricos que seriam mais recomendados, sob o ponto de vista dos impactos ambientais ou da eficiência energética.
No entanto, não há projetos com estudo de viabilidade técnica e econômica prontos para serem submetidos ao licenciamento ambiental. Apesar de o diagnóstico ser conhecido desde 2003, apenas em meados do ano passado foram finalizadas as primeiras revisões de inventário de bacia hidrográfica, como a do Tapajós.
Com isso, projetos polêmicos e com grandes impactos têm que ser analisados em prazos muitas vezes incompatíveis com o grau de rigor que deveriam ter, numa clara demonstração de como, muitas vezes, os ativos ambientais são afetados pela falta de planejamento de outros setores de governo.
Porém, nada foi mais afetado do que nosso compromisso ético frente à responsabilidade com o futuro de povos e culturas. Não foram sequer feitos estudos sobre os impactos que os povos indígenas terão. Só para exemplificar, o que significará para eles ter a vazão reduzida significativamente num trecho de 100km em função do desvio das águas para o canal? O plano de condicionantes tampouco menciona a regularização de duas Terras Indígenas (Parakanã e Arara), já bastante ameaçadas.
Estas e outras comunidades indígenas manifestam inconformidade por não terem sido ouvidas adequadamente, segundo os preceitos da Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, mas nunca implementada para valer.
O Brasil possui um importante potencial de geração de energia hidrelétrica a ser desenvolvido. Mas as dificuldades em retomar o planejamento do setor na velocidade que possibilite escolhas e uma análise segura por parte do setor ambiental, somada à indisposição em discutir uma proposta de desenvolvimento sustentável para as obras de infraestrutura localizadas na Amazônia, à percepção de que o governo não faz o suficiente para melhorar a eficiência energética do sistema (não só na geração) e para desenvolver as energias alternativas, acaba por produzir conflitos agudos e processos equivocados, que poderiam ser evitados.
Apesar dos discursos em contrário, ainda estamos operando no padrão antigo, que considera o meio ambiente como entrave ao desenvolvimento. Temos ainda um longo dever de casa a ser feito para ingressarmos definitivamente no século 21. Quem pensa que a história relatada no filme Avatar só pode ocorrer em outro planeta, engana-se: Pandora também pode ser aqui.
* Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
DIREITO DE VIVER, por Francisco Lemos
“Tudo o que vive quer viver.” Essa frase, atribuída a Francisco Assis, jovem italiano que deixou sua marca no mundo como alguém que respeitava a vida, soa como um manifesto de criaturas mudas. Outra frase mais antiga, atribuída a Deus, o criador da vida, é mais conclusiva ainda, menos aberta e menos concessória: “Não matarás” (Êxodo 20:13). “Não matarás” faz parte do decálogo entregue originalmente aos judeus através de Moisés, e a todas as pessoas através de Jesus Cristo. Esse mandamento é muito abrangente e vai além do ato de tirar a vida de um ser humano.
Não matar... o próximo. O cúmulo da arrogância que o mal lançou no coração do ser humano é o pretenso direito de tirar a vida de outro ser humano. O holocausto judeu “justificou-se” na mente louca de Hitler e seus colaboradores com a pretensão de criar uma raça superior. Mata-se por amor, mata-se para defender a pátria, por autodefesa, mata-se pela manutenção da honra. Mas também mata-se para roubar, vingar.
Não matar... a você mesmo. E de quantas maneiras isso é possível? A maioria jamais pensaria em fazer isso pulando do alto de um prédio ou se enforcando. Mas há outras maneiras bem mais sociáveis: fumando cigarros, tomando bebidas alcoólicas, usando drogas, trabalhando demais, dormindo pouco, comendo demais ou de menos.
Cuidar do corpo é zelar do maior patrimônio que temos. Fazemos isso praticando exercícios físicos e selecionando o alimento que ingerimos. É verdade que há um bom número de brasileiros que não tem o mínimo para comer, e muito menos poderiam selecionar algo. Bom seria se os pais, professores e a mídia se preocupassem em ensinar bons modos alimentares e estimulassem a produção, unicamente, de artigos saudáveis. Os gastos com a saúde seriam bem menores, e mesmo os que têm menor renda poderiam usufruir de melhores alimentos e de comportamentos mais saudáveis.
Não matar... os animais. Se matamos gente, pessoas, que dizer dos animais? Por incrível que possa parecer, matar bicho é uma boa escola para matar gente. Começamos matando galinhas, peixes, porcos e vacas para comer e depois, que diferença haveria em fazer isso com pessoas? Não estou afirmando que quem mata galinha mata gente. Minha avó matava galinhas e nunca matou ninguém, quanto eu sabia. Entretanto, sabe-se que lidar com essa situação e consumir alimentos cárneos exageradamente pode embrutecer as pessoas.
“Razões” para matar bichos, temos e muitas: porque precisamos comer, por que são perigosos, por que envelhecem, porque adoecem. Os animais não falam e não possuem raciocínio elaborado como o nosso. Talvez. Mas ao ser empurrado para o corredor da morte de um moderno frigorífico, na verdade, para o matadouro, nenhum boi ou porco entra ali de boa vontade. O animal empaca, se espreme contra a parede, derrama lágrimas, e só avança quando forçado por um bastão pontiagudo. Ele vive e quer viver, mas quem se importa com isso?
As galinhas são criadas em cativeiros super lotados e superiluminados para que não durmam e comam sem parar. Em vida têm os bicos cortados. Na hora da morte, recebem um choque elétrico e perdem o pescoço por degola. Os gansos, coitados, recebem tratamento medieval para fornecer a seres humanos egoístas o caríssimo patê foie gras. Os criadores enfiam um funil na garganta do bicho e o entopem de comida durante meses, forçando o fígado da ave a trabalhar excessivamente. Por isso, ele inflama, incha e fica cheio de gordura. Quer dizer: além de ser uma doença, o caríssimo foie gras é produto de maldade pura. Gansos, patos, perus e galinhas querem viver, mas quem se importa com isso?
A morte não tinha lugar no projeto de Deus ao criar os primeiros seres humanos sobre a Terra e estabelecê-los no tão famoso jardim do Éden. Naquele lugar, a vida dava o tom. Ninguém matava nada, por motivo nenhum. Nem por fome, nem por vingança, nem por ódio, nem por defesa. O cardápio era composto por vegetais e o amor intermediava todas as ações.
Neste mundo pós-Éden, nossos carros matam cachorrinhos nas estradas, nossa fome sacrifica e devora milhões de seres que nunca pulariam de um viaduto para se matar. Nosso direito ao lazer enfia anzóis goela abaixo de peixes magníficos. Se um dia pensarmos nas razões dos animais...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
2009
Do ano que passou trago um saldo positivo: cinco animais resgatados, sete esterilizações, 64 vacinações, 12 caixas de vermífugo para cachorro, mais 50 para gatos. E veja que estou contando aproximadamente.
Parece a contabilidade de um abrigo. Mas estou falando de minha casa. Da casa da Pérola e seus irmãozinhos. Sim. São 35 animais entre cães e gatos que foram resgatados, cuidados, esterilizados e têm que aprender a conviver juntos em uma mesma casa. E somos apenas dois para sustentar, manter a higiene e a saúde física e afetiva destes animais. É um trabalho árduo e à vezes stressante. Mas compensa muito pelo retorno em carinho. Além disso, fica um gostinho de ter feito a diferença. Pense bem. São 35 animais que não passarão mais fome, não morrerão doentes sem assistência, não causarão acidentes nas ruas, não serão transmissores de zoonoses.
Não contribuirão para a procriação desenfreada de animais domésticos pela cidade. Por exemplo: Se cada cadela pode gerar até 10 filhotes por ninhada e pode ter duas ninhadas por ano. Nós impedimos o nascimento de 60 cãezinhos sem lar em apenas um ano. Agora, as gatas. Temos 21 gatas. Cada gata pode parir até cinco filhotes. São aproximadamente quatro crias por ano. São 420 gatinhos que impedimos de nascer para morrerem à míngua pelas ruas da cidade. Pensando bem, é uma ação de utilidade pública este nosso trabalho com os animais carentes.
Porém, chegamos ao limite: São 63 Kg de ração para gato por mês, quatro fardos de areia sanitária, três pacotes de fralda P de 36 unidades, 15 Kg de ração para cachorro. Além de vermífugo para todos a cada três meses, 35 reforços da anti-rábica, três V 10 para cachorro anuais, nove doses da quádrupla felina para os filhotes, 29 reforços da quádrupla felina. Além de medicação quando adoecem. Sim, mesmo com todos estes cuidados eles ainda adoecem.Esqueci-me das cadelas. Pelo menos uma vez por mês as cadelas tomam banho na Pet Shop. Tem o gasto com material de curativo. Com material de limpeza. Quando a caixas sanitárias quebram temos que repô-las. Ainda tem os cobertores e demais panos que as cachorras fazem em tiras, mas que não podemos deixá-las sem.São cuidados e mais cuidados. E como o mercado pet não é barato e não existe SUS para cachorro ou gato, dependemos do bom coração de veterinários amigos e de donos de pet shops e casas de ração que dão um prazinho aqui, fazem um desconto ali, dividem em prestações a perder de vista. Temos também a ajuda financeira de um anjo de professora que nos dá todo mês a quantia para comprarmos um saco de ração de 10 Kg. Temos nossas amigas protetoras que nos dão carona quando precisamos de um transporte, racham o que ganham em medicamento conosco. Até Jantar de Natal Vegano nós já tivemos quando não tínhamos um tostão para comprar comida. Tudo por obra destes corações amigos.
Sim, este é o nosso dia-a-dia. Levantar, alimentar, limpar banheiros, medicar, fazer um curativo aqui, pingar um colírio ali, engolir a comida e corre para o trabalho, á noite começar tudo de novo. Azucrinar insistentemente os veterinários porque o fulano parou de comer ou o beltrano não está fazendo xixi. Separar brigas. Brincar muito com bolinhas, puxar cordinhas e novelos para os bichanos brincarem, ser arrastados pelas ruas pelas cachorras... Ufa. Já cansei só de escrever.
Sim. 2009 é um ano para comemorar. Pois conseguimos driblar várias adversidades e estamos aqui. Prontos para construir o 2010 que quisermos. Mesmo sem faculdade será um ano de nossos sonhos!